domingo, 16 de agosto de 2009

Maluco Beleza


Acabo de ver uma matéria sobre uma relíquia de Raul que resolveram desenterrar agora. Deu vontade de escrever sobre esse compositor que aprendi a amar durante a adolescência. A grande maioria de meus amigos não gosta de Raul. Afinal, gostar de suas músicas tem hoje um som brega, antiquado, ultrapssado, coisa de povo que "estuda na Fafich e usa chinelinho de dedo". Por isso, costumo dizer que prefiro escutar Raul em casa, sozinha, na minha, pois tenho preguiça de ouvir críticas ao gênio e, ao mesmo tempo, não tenho paciência alguma para aqueles fãs apaixonados por ele - que adoram lembrar de versos de canções desconhecidas na mesa de boteco pra mostrar que é um verdadeiro "Maluco Beleza".

Minha reverência a Raul é independente de seus fãs. É por conta de pérolas como "Ouro de Tolo" (uma crítica deliciosa à classe média), "Gita", "Aluga-se" (crítica à nossa política), "A Maçã" (se você ama alguém tão fascinante, por que querer tê-lo só para si?), e tantas outras, que adoro e vou continuar adorando o Raul. Mas escondida, na minha casa - e dando alguns gritinhos de "toca, Raul" nos shows, só para não perder o costume...

Nenhum comentário:

Postar um comentário