domingo, 31 de maio de 2009

Para quem não tem o que fazer

Estou no meio de um tedioso plantão no Hoje em Dia. Não posso ir para casa, porque pode acontecer algo, aí fico à toa por aí. Mas há poucos minutos, fui apresentada por uma colega a um site divertidíssimo: Akinator, o Gênio da Internet.
Para quem não conhece, recomendo. Viciante! Você pensa em uma personalidade e vai respondendo às perguntas que ele te faz sobre essa pessoa. E o site quase sempre acerta! Ele só errou quando parti para personalidades menos conhecidas. "Coisa do demo..." foi a conclusão a qual chegamos aqui na redação... Incrível ver até onde vai a criatividade apresentada por pequenos gênios na internet!
Mas cuidado com a supervisão do chefe. Vai que você e todos seus colegas viciam no negócio e deixam de trabalhar?

Agora vai...

Nada como jogar contra um grande adversário com o Cruzeiro para acordar o time. Agora o São Paulo volta ao normal no Brasileirão. Espero que eles não se empolguem com o resultado e façam feio na Libertadores...

Nostalgia da infância brega


Estou me deliciando neste momento com o download gigante que fiz de músicas bregas e rocks dos anos 80. A maternidade me trouxe uma nostalgia muito grande da infância, do quanto eu gostava de Xuxa, Paquitas, Dominó e Polegar, do quanto eu adorava as músicas bregas que desfilavam nos programas do Silvio Santsos - a minha admiração pela música brega não é segredo para ninguém. Mil vezes o Wando do que um Jota Quest.
Rosana, Yahoo, Ritchie, Luan e Vanessa, Biafra... tô adorando!

Buenos Aires e as minhas intensas saudades



Esta semana lembrei muito da melhor viagem que já fiz.


No ano retrasado, vivi um momento dificílimo na minha vida. Em menos de uma semana, saí do jornal O Tempo de uma forma conturbada e levei um fora do homem com que vivi um relacionamento de dois anos. A depressão foi profunda. O remédio, segundo o psiquiatra, era viajar para onde esses assuntos seriam esquecidos temporariamente.

Minha amiga Claudinha - o anjo que Deus colocou em minha vida para me orientar - me convidou a ir a Buenos Aires horas depois dom édico ter me receitado uma viagem. Aceitei prontamente.

Que loucura ir a um país diferente, mesmo que ele esteja ali ao lado. Foi a primeira vez de verdade em que saí do Brasil - o dia em que pisei no Uruguai, aos três anos de idade, não conta. No aeroporto, já achei difícil entender o que o cara da alfândega me disse. Mas compreendi bem: não trocar o dinheiro todo no aeroporto, onde o câmbio é desfavorável. Trocar somente o necessário.

Fui ao hostel em que a Claudia ficaria - cheguei à capital argentina umas 12 horas antes dela - na cara e na coragem. Para aquela noite, havia vaga. Para o resto da semana, não. Assim, dormi ali aquela noite e, no dia seguinte, já procurei por uma cama no hostel que havia dois andares acima.

Nos primeiros momentos, quanta timidez. Só havia meninos no local e todos eles se conheciam, conversavam entre si. Eu ali quietinha, observando aquela mistura de línguas e sotaques, sem saber o que fazer. Nunca havia estado em um albergue antes, não sabia como me comportar. Bom, o melhor era tentar dormir.

No outro hostel, fiquei em um quarto com um nova-iorquino. Meu inglês estava tão enferrujado que falei coisas que deixariam meus ex-professores envergonhados. Ao pedir um adaptador de tomada emprestado, usei o verbo "to buy". Demorei horas para perceber que tinha, na verdade, perguntado a ele se podia comprar o objeto... Mas o rapaz foi bastante simpático e não pareceu ligar para a minha comunicação permeada de defeitos.

Logo já quisemos conhecer o centro a cidade, ir atrás do tal local onde poderia trocar meu dinheiro. Nada como uma região central para se ver uma cidade em sua verdade. À noite, corremos para um bar 24 horas da região de Palermo - onde voltamos pelo menos mais duas vezes em uma única semana! Lá conhecemos um ex-funcionário da Casa Branca gato e bacana. Adoro conversar com americanos de mente aberta! Ele foi minha primeira paixão da viagem.

A segunda paixão viria depois. O nova-iorquino foi embora e logo aportou em meu quarto um novo rapaz. Seu nome era Christian. Era um austríaco de ares tímidos com quem me identifiquei prontamente. Não me lembro ao certo como começou nossa amizade, só sei que logo já planejávamos passeios pela cidade. Nos três dias seguintes, seríamos inseparáveis. Enquanto isso, a Claudia fazia amizade com o pessoal do primeiro andar, especialmente com uma suíça fofíssima.

A terceira paixão viria num café da manhã. Não lembro quem puxou assunto com quem, só sei que quando me dei conta, estávamos eu, Christian e dois alemães conversando animadamente na mesa de café. Logo convidei os rapazes: "estamos indo a Bombonera. Querem vir?" O Tobias, um alucinado por futebol, não pensou duas vezes. E o futebol provocaria uma grande aproximação entre nós dois. O passeio pelo bairro do Boca foi um momento auge na viagem.

Nossa turma crescia, havia muito integração entre as pessoas, cada uma de uma nacionalidade. À noite, na hora de assistir a uma apresentação de tango, fiquei em uma mesa onde havia dois alemães, uma suíça, um galês e uma australiana. Experiência única. Ainda tivemos contato com argentinos, uruguaio, israelenses, britânicos, etc etc.

As minhas companhias preferidas - além da Claudinha, é claro - eram Christian e Tobias. O primeiro me impressionava pela educação (ele é certamente o homem mais cavalheiro que já conheci em minha vida) e pelo ar de mistério. O segundo me encatava por sua beleza, inteligência, carisma... seria que teria alguma chance com ele? O Timo, também alemão, chamava a atenção por ser engraçado. Chegou até a vestir a minha calça de pijama (cheia de elefantinhos) só para fazer a gente chorar de rir.
Como no Brasil, as coisas se resolvem é na boate. Foi nela que, depois de mais de duas horas de dança e flerte, perguntei ao Tobias: "você pretende me beijar?" Que realização! Beijei o alemãozinho de olhos cor do céu!
Depois de uma semana de bagunça e descobertas constantes, dormindo três horas por dia, voltei ao Brasil. Mas a história não acabou. Os alemães aceitaram o meu convite e vieram a Belo Horizonte, trazendo a tira colo a queridíssima Lea. Tivemos uma semana maluca, com direito a jantar da mamãe e muitas festas. Em seguida, o austríaco Christian apareceu do nada em nossa cidade. Fui resgatá-lo em um albergue e o levei para minha casa. O que era para ser uma passagem de três dias virou uma estadia de dez dias. Quando ele se foi, chorei de saudades.
Essas pessoas me fizeram muito feliz por alguns dias. E as agradeço muito por isso. Pena que não falam português e não podem ler esse texto que dedico aos gringos que amei por um mês.


Diário da mamãe - Parte 10

A correria esta semana foi tão grande, que nem postei sobre a minha consulta esta semana. Minha pressão sanguínea está ótima (10 por 7), estou com o mesmo peso que tinha quando engravidei, o coração da neném bate forte, tirei algumas dúvidas sobre o parto.
Tudo continua ótimo comigo, só queria um pouco mais de tempo para curtir minha barriga...

domingo, 24 de maio de 2009

Errata

Como bem viu o meu amigo Marcelo, cometi um erro ao dizer que o Hamilton desperdiçou a oportunidade no ano passado. Não, ele foi campeão em 2008 de forma apertadíssima. Ele desperdiçou uma ótima vantagem em 2007, quando venceu muito bem as primeiras provas, mas permitiu que os ferraristas se aproximassem.
Que erro horrível...

O cara!


Sempre há tempo de mostrar aos outros o seu talento.

Sempre achei o Jenson Button um cara muito bom no volante, mas ele ainda não havia tido uma boa oportunidade. Agora, em uma escuderia surpreendente, o britânico gatíssimo e megassimpático tá exibindo uma performance fora do comum. O Rubinho está tentando manter a proximidade, mas não tem jeito, essa é a grande oportunidade do cara e ele não a desperdiçará como seu conterrâneo Hamilton fez no ano passado. Ele tem a idade e a experiência a seu favor.

Quem sabe no futuro outros bons corredores como Kubica e Hosberg também não terão a mesma oportunidade?

Diário da mamãe - Parte 9

Perguntei, questionei, pedi opiniões, mas decidi optar pelo nome que tem dominado minha mente desde que soube da gravidez. Se for menina mesmo, a minha criança vai se chamar Catarina Carlos Oliveira. Se for menino, Vinícius Carlos Oliveira.

sábado, 16 de maio de 2009

Twitter: fenômeno

Uma matéria minha, publicada ontem no HD, andou bombando entre Twitters de belo-horizontinos. Quando o link foi colocado no miniblog do GuiaBH, em 20 minutos houve101 cliques na matéria. E o negócio se espalhou por Twitters de outras pessoas, inclusive da minha amiga Camila - que me avisou: sua matéria tá bombando.
Fico impressionada com a velocidade com que uma notícia corre pela internet. Esse é um acontecimento que não pode ser desconsiderado por comunicadores. Acho que vou aderir ao Twitter agora que estou enxergando utilidade nele...


Clique que vai além da banalidade
Cinthya Oliveira
Especial para o HOJE EM DIA
O Twitter é a nova febre da Internet. Este miniblog, onde o usuário escreve textos de no máximo 140 caracteres, tem agregado adeptos e mais adeptos brasileiros nos últimos anos. Com seu sucesso, surgiu um desafio aos publicitários: como utilizar essa nova ferramenta digital a favor de seus clientes?
O assunto já é pauta para os planejamentos estratégicos desenvolvidos atualmente pela BHTec, agência especializada em mídia digital. De acordo com o diretor Comercial Márcio Augusto Miranda, alguns dos clientes da empresa já possuem seus canais de comunicação via Twitter. “Para o site GuiaBH, criamos um Twitter em que pontuamos algumas informações. Todos os dias, às 11h30, damos dicas de almoço. A pessoa clica no link e observa os detalhes do restaurante recomendado. Por enquanto, as dicas recebem 40 cliques por dia”, conta.
Essas dicas podem ser acompanhadas por qualquer pessoa no endereço twitter.com/guiabh, mas somente os seguidores do site podem interagir. Atualmente, o site possui mais de 2 mil seguidores.Outro cliente da agência para qual foi criado um canal no Twitter é o BH Shopping. “Nos dias que antecederam o Dia das Mães, nós dávamos dicas de presentes para as mamães”, diz Miranda. Segundo ele, a entrada de uma empresa no Twitter se tornou imprescindível depois que a Rede Globo aderiu à novidade. “Ela criou canais de Twitter para cada programa jornalístico da rede”, explica. Grandes corporações internacionais também utilizam o miniblog, como a Philips, a Dell e a Microsoft.
Uma alternativa que tem sido estudada pelas agências para essa ferramenta é o patrocínio de Twitter de famosos. Quem começou essa história foi a agência paulistana I Think, idealizadora do patrocínio da Telefonica presente no miniblog de Marcelo Tas (jornalista do programa “CQC”, da Band), que possui mais de 58 mil seguidores.Mas este assunto tem que ser estudado eticamente, segundo Miranda. “Tudo bem exibir a marca do patrocinador ao lado do miniblog. O que não pode é colocar postagens falsas, para agradar a empresa patrocinadora”.
De acordo com Alexandre Estanislau, sócio-diretor de Criação da Bolt Brasil Comunicação Digital, é preciso que as empresas percam o preconceito que ainda há sobre as mídias sociais (aquelas onde há redes sociais, como Orkut e Youtube). Afinal, esses sites representam muito mais do que puro entretenimento. “O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez uma transmissão da sua posse via X-Treme, uma ferramenta de veiculação de vídeo ao vivo”, comenta. Estanislau diz ainda que, nos Estados Unidos, o Twitter já ganhou funções múltiplas. “As empresas de segurança têm utilizado isso. Se a casa do cliente é arrombada, a empresa entra em contato por meio desse miniblog”, conta o publicitário, que é usuário da nova ferramenta. “Para mim, o Twitter tem sido de grande utilidade. Hoje pela manhã, recebi um recado por esse site de que a Avenida do Contorno estava totalmente parada. Podia haver um Twitter da BHTrans, onde pudessem ter recados sobre congestionamento”.Mas não basta ter boas ideias. É importante que os setores de comunicação das empresas estejam antenadas para a nova relação com clientes e usuários de seus produtos. “Antes a empresa anunciava seu produto como o melhor do mundo e cabia às pessoas acreditar naquilo ou não. Agora existem pessoas que falam mal de produtos na Internet em fóruns de discussão e sites de relacionamentos. A Web é hoje um boca-a-boca exponencial”, explica.
A solução para esse problema, segundo Estanislau, tem sido um monitoramento da mídia social na internet por parte das empresas. Hoje há profissionais especializados em navegar a internet para verificar a recepção de um produto ou uma marca e, a partir disso, criar novas estratégias.

Diário da mamãe - parte 8

Esta semana, no meu estágio, acompanhei uma reunião de pais. A coordenadora entregou os boletins nas mãos dos pais. Quantas feições desoladas! Vi até mesmo uma mulher chorando e dizendo: "é muito difícil manter essa menina num colégio particular. Ela não pode tomar bomba de jeito nenhum!" Como consolá-la? Como convencer a filha dela do quanto é complicado pagar os custos de uma educação?
Nunca vi minha mãe passar por esse problema. Tanto eu quanto minha irmã sempre amamos ir a escola, sempre entendemos o compromisso com deveres de casa. Fui uma aluna medíocre no Coltec porque estava cansada de ser vista como nerd, então parti para a vagabundagem. Mas isso não me impediu de passar em vestibulares concorridos, em ter uma trajetória bacana no Ensino Superior.
E se eu tiver uma criança com problemas na escola? Nunca entendi as pessoas que achavam bom ter notas medianas, que se confomaram em estudar em faculdades medianas. Será que se eu repetir a atitude do meu pai de "não aceito nota menor do que 10", conseguirei fazer com que minha criança estude?
Começam os medos. O primeiro deles é de acabar igual àquela senhora, chorando porque a filha não se importa com a própria educação...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Evolução da medicina em Minas

Minha reportagem que saiu hoje no HD. Acho que a notícia interessa a todas as mulheres. Segue um trecho:


Mais eficiência contra o câncer de mama
Cinthya Oliveira
Especial para o HOJE EM DIA
Quando uma mulher faz uma mamografia e são detectados nódulos em seus seios, imediatamente o médico recomenda a cirurgia. Para que as lesões sejam retiradas de forma eficaz, a paciente passa por um processo denominado de Localização Radioguiada de Lesões Ocultas (ROLL, na sigla em inglês), um tipo de estereotaxia em que os nódulos são apresentados em um Raio-X por meio de um contraste com iodo. Mas esse método possui dois grandes problemas: o iodo pode provocar alergia e essa substância é rapidamente absorvida pelo organismo, assim, as imagens radiografadas não são precisas, mas bastante borradas.
Para que as lesões pudessem ser detectadas com maior precisão pelos médicos, os pesquisadores Geraldo Sérgio Farinazzo Vitral e Nádia Rezende Barbosa, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), criaram um kit descartável com um contraste inovador, mais eficiente, não alergênico e mais barato do que o ROLL.Trata-se de um polímero sintético, com viscosidade especificamente desenvolvida para essa utilização. Com essa substância, é possível obter uma marcação mais regular, circunscrita e permanente da lesão. “Nosso projeto nasceu de uma necessidade verificada pelos médicos. Neste processo convencional, que é o mais moderno em todo o mundo, a imagem ficava borrada, dificultando a marcação para a retirada do nódulo”, afirma a farmacêutica e bioquímica Nádia Barbosa, orientadora do médico Geraldo Vitral em sua pesquisa de mestrado e doutorado, que abordaram o desenvolvimento desta inovação. “Assim, os médicos sempre retiram um pedaço maior do tecido mamário”, acrescenta Nádia Barbosa.
Do desenvolvimento da ideia da pesquisa até a experimentação em seres humanos foram quatro anos de trabalho intenso. Na busca de um substituto para o iodo para o processo de estereotaxia, os pesquisadores Nádia Barbosa e Geraldo Vitral estudaram diversos tipos de polímeros, observando características como densidade e viscosidade. A substância que atendeu às expectativas foi o polidimetilsiloxano (PDMS). “Quando encontramos a substância que nos atendia, observamos se havia alguma toxidade. Comprovado que o polímero não é tóxico nem alérgico, partimos para a última fase do projeto”, explica Nádia. Segundo a professora, enquanto o iodo é absorvido em poucos minutos pelo organismo da paciente, a inovação traz um polímero que fica 14 dias no corpo. “Assim, dá para ver se ficou algum nódulo numa verificação pós-cirúrgica”. O trabalho do médico patologista também é beneficiado pela inovação. Por ser insolúvel, a nova substância permanece no tecido mesmo depois da cirurgia, permitindo que o patologista identifique a olho nu o local onde foi injetada. Embora tenha sido considerado um grande passo na história da medicina quando passou a ser usado por cirurgiões de todo o mundo, na década passada, o procedimento de Localização Radioguiada de Lesões Ocultas (RO LL) possui uma taxa de erros de marcação que varia de 5% a 10% por ser realizado por meio do contraste iodado. Por não ser uma técnica precisa, há o risco tanto do médico retirar mais tecido mamário do que o necessário como não remover todos os micronódulos. Atualmente, o novo método de estereotaxia desenvolvido na UFJF está na fase clínica. Até o fim deste ano, 30 mulheres passarão pelo procedimento criado pelos pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora. Se tudo ocorrer como o previsto, os kits descartáveis serão comercializados a partir do ano que vem pela empresa SR (Saldanha Rodrigues), que comprou a patente dos pesquisadores. A patente do kit já foi depositada e publicada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).Além do polímero, o kit conta também com seringas e agulhas desenvolvidas pelos pesquisadoras especialmente para este procedimento. O mercado esperado para o kit são clínicas radiológicas e de medicina nuclear.

domingo, 10 de maio de 2009

Jornalismo de verdade: José Hamilton Ribeiro


Quem me conhece sabe que sou bem crítica com o jornalismo praticado no Brasil. Entre os jornais, somente o Estadão tem se mantido como um veículo de imprensa respeitável para mim, neste momento. Entre as revistas, adoro a Bravo! e a Piauí. E na televisão, não consigo acompanhar o jornalismo que mais aprecio. Na verdade, o único grande jornalismo feito na televisão aberta brasileira: o Globo Rural.
Hoje acordei mais cedo para ver a corrida (F1: uma grande paixão) e pude ver um trechinho de uma reportagem do melhor repórter que o Brasil já viu. Infelizmente, a grande maioria das pessoas desconhece o trabalho deste homem, pois são vidradas apenas ao chatíssimo JN do William Bonner. Mas acho que no fim das contas todo mundo já viu pelo menos um pouquinho do trabalho do José Hamilton Ribeiro no Globo Rural, único programa capaz de exibir grandes reportagens, daquelas demoradas, bem produzidas, com discussões relevantes sobre a cultura nacional - ao contrário do que muitos pensam, o programa não é sobre plantas e gado, mas sobre a essência da nossa cultura, cujas raízes estão no interior.
A matéria de hoje era sobre mal-olhado. Algo que poderia ser tratado com superficialidade em um noticiário qualquer é levado a sério no Globo Rural. Na reportagem, entrevistas com psicólogo, historiadora, grande fazendeiro e uma benzedeira da cidade de Urucuia, no sertão mineiro. Por que não pegar uma benzedeira no interior de São Paulo? Por que José Hamilton gosta de mostrar a amplitude geográfica dos temas abordados em seus trabalhos.
Me tornei fã do velhinho durante a faculdade, quando estudava o New Journalism, corrente jornalística que predominou nos anos 60 nos Estados Unidos e teve sua mais importante representação no Brasil por meio da revista Realidade. Gostei tanto da corrente que fiz dela a base teórica para o meu projeto de conclusão de curso - uma revista. O New Journalism consistia em aproximar o jornalismo com a escrita literária, privilegiando o texto ao passar a notícia. Isso pôde ser conferido, por exemplo, no trabalho do famoso Tom Capote, de "Sangue Frio".
José Hamilton era repórter da revista Realidade na década de 60. Em 1968, se embrenhou nas matas do Vietnã para uma reportagem investigativa sobre a guerra que abalava o mundo e era símbolo da divisão entre capitalistas e comunistas. O resultado dessa história foi a reportagem mais impressionante do jornalismo brasileiro: José Hamilton havia sido atingido por uma bomba e perdera a perna. Em vez de se lamentar, o homem transformou essa experiência em texto principal da Realidade.
“Ouço uma explosão fantástica… uma cortina espessa de fumaça bloqueou-me toda a visão… foi aí que senti a perna esquerda. Um segundo após me senti sentado… os músculos repuxavam para a coxa com tal intensidade que eu não me equilibrava sentado… levei as minhas mãos para “acalmar” a minha perna… e foi então que a vi em pedaços. Depois do joelho, a perna se abria em tiras, e um pedaço largo de pele retorcido estava no chão… não sei o que aconteceu, pois a consciência me fugiu. A agonia, que deve ser atroz, de se sentir no meio do mato, esvaindo-se em sangue, enquanto o socorro não chega, essa agonia eu não passei”. Ribeiro prossegue o dramático relato, em reportagem de 12 páginas publicada pela revista: “A recordação seguinte é já na cama, com a perna esquerda encaixotada, a direita coberta de bandagens, o braço esquerdo encanado. Um médico estava me dizendo que eu só ia ficar quatro dias no hospital, seguiria depois para os Estados Unidos e em vinte dias estaria bom… Não suspeitava que aquele era o primeiro dos quinze dias mais dolorosos, tristes e infelizes que eu jamais tinha imaginado passar em minha vida. O médico tinha usado a velha política de enganar o paciente”. Descreve ainda, o dia-a-dia de dores insuportáveis, as doses diárias de morfina e sensação de náusea, as quatro operações realizadas, o impacto da cadeira de rodas e a horrível sensação de ser um número: o ferido 31.843, segundo etiqueta colada no seu braço para controle. Na edição seguinte de Realidade, foi publicada a reportagem sobre a guerra, com entrevistas diversas, com soldados e civis. As fotos eram de sua autoria.
O homem perdeu uma perna num trágico acidente e não deixou o jornalismo de lado. Hoje tem mais de 75 anos de idade e continua a realizar grandes reportagens na Rede Globo. Pena que a eixibiçãodo seu trabalho seja feita tão cedinho, em pleno domingo...

Segundo domingo de maio

MEU PRIMEIRO DIA DAS MÃES: estou emocionada!
Os enjoos acabaram e acabo de entrar na fase mais gostosa da gravidez: hora de curtir a barriga!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Trabalho: coisa boa

Engraçado como dias comuns podem ser tão especiais.
Fiquei muito apreensiva em aceitar a proposta de fazer mais uma substituição de férias no Hoje em Dia porque estou comprometida com ou freela bastante consistente. Mas a própria Érika, quem me contratou para o freela, me incentivou a conciliar os dois trabalhos. Não posso deixar a oportunidade passar, segundo ela.
E hoje vi que estou lá não apenas pelo dinheiro. Ao ver tantas pessoas se mostrando felizes ao me ver novamente dentro da redação me mostrou que quero estar lá porque adoro jornalismo diário e porque adoro as pessoas com quem venho convivendo. Minha auto-estima está subindo em um momento muito importante. E tomara que eu consiga conciliar os trabalhos com sucesso, para que deles possam surgir muitos outros.

domingo, 3 de maio de 2009

Odeio!

Bom, Nefer deu a ideia, segue agora uma lista de coisas que odeio.

1) Esperar (Não importa em qual momento. Sou muito ansiosa)

2) Pregação de evangélicos

3) Pessoas que não comem pizza ou outras coisas deliciosas, não bebem álcool, não comem açúcar, falam que não gostam antes de experimentar... se não for uma questão médica, trata-se de gente que não sabe apreciar a vida

4) Pagode e pagodeiros

5) Axé e axezeiros

6) Ver alguém com uma revista "Veja" na mão

7) Ser obrigada a ler um livro chato/inútil e ainda por cima não entender o motivo pelo qual perdi o meu tempo

8) Jornalistas pretensiosos (quer dizer, pretensiosos somos todos. Odeio os que estão acima da normalidade)

9) Novelas da Glória Perez

10) Milho verde, café e fígado

Vamos escolher o nome da princesinha?

Não imaginava que teria tanta dificuldade para escolher um nome para uma criança. Quer dizer, o nome de menino foi decidido em pouco tempo: Vinícius, como o poetinha. Mas o médico apostou que é uma menina não aguento mais chamá-la de minha menina... Quero chamá-la pelo nome. Mas está difícil... Toda vida disse que colocaria Luíza na minha filha, em homenagem a uma música que adoro (quem gosta de MPB sabe do que estou falando). Mas desisti ao ver quantas Luízas tem nascido ultimamente. Não quero que minha filha seja conhecida pelo sobrenome porque terá um monte de xarás na sala de aula. Além de tudo, me surgiu neste semestre uma professora horrível com este nome... parece recado divino...
Então, agora conto com meus amigos para me ajudarem. Vou deixar aqui algumas opções e vocês dão suas sugestões. É bom lembrar que Júlia, Alice, Lara e Gabriela não estão nas opções porque tenho pessoas próximas que já escolheram estes nomes anteriormente.
Antes de emitirem suas opiniões, lembrem-se de que o meu sobrenome é Carlos Oliveira. Então, o nome deve combinar com o sobrenome.
Ah! Para o pessoal não familiarizado com blogs: para postar um comentário, escolha pela opção OpenID.

a) Joana

b) Ana Catarina ou Catarina

c) Isabel

d) Elis
(precisa de um complemento, se não fica parecendo o nome daquele jogador de futebol Elicarlos, ou virar Elisa ou Elise)

e) Letícia

f) Lia

g) Ana Clara

i) Anita

h) Márcia
(já que minha amiga chama minha barriga de Marcinha desde o início...)

Diário da Mamãe - Parte 7

Entrando na 14a semana, segundo o site bebe.com.br:

Doce ou salgado? Seu futuro bebê já percebe a diferença entre os sabores do açúcar e do sal. É que, nesta semana, suas papilas gustativas começaram a funcionar. Seu cérebro continua se aperfeiçoando e envia comandos para os músculos se movimentarem, inclusive os da face. Por isso, ele agora é capaz de franzir a testa, fazer caretas e sugar o polegar. Aliás, ele pode estar chupando o dedo agora mesmo.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Adoro!

Já pensou em listar as coisas que você mais ama no mundo? Sei que listas são bobagens de adolescentes ou de críticos, mas adoro isso...
Álcool, pessoas bacanas, lugares bacanas e rock não serão listados porque podem muito bem estar associados a vários desses prazeres.

1) Sexo com quem sabe fazer

2) Beijo na boca de quem beija bem
(beijo com quem não sabe ou não me atrai muito é apenas troca de cuspe. Por isso nunca fui de me aventurar muito na boca dos outros...)

3) Sexo com quem não sabe muito o que fazer
(sexo é bom até quando é ruim, né...)

4) Rolinho primavera do Macau

5) Rodízio de pizza

6) Dançar
(Desde que eu goste da música, claro)

7) Feijoada

8) Ver um bom filme no cinema

9) Ver um bom filme na TV
(Desde que bem acompanhada, seja de uma boa pessoa ou de uma boa comida)

10) Jogar truco

11) TV a cabo recheada de seriados norte-americanos
(Friends, CSI, Law & Order SVU, Desperate Housewives, Two and Half Men...)

12) Batata frita
(um pacote de Ruffles já me deixa bem doida...)

13) Doces feitos em tachos de cobre
(Ai, Deus, difícil dizer o que é mais gostoso... Cocada? Doce de leite com pedaços de frutas? Doce de abóbora com muito coco? Goiabada com queijo?)

14) Sorvete ou picolé
(De frutas, por favor)

15) Clima de praia
(Nunca vi alguém de cara fechada na praia. Não há espaço para infelicidade num quiosque)

16) Brincar com jogos
(Perfil, xadrez, Master, Banco Imobiliário, War... qualquer um desses e outros tantos...)

17) Ir ao estádio
(Se for jogo do meu time, então...)

18) Ler um bom livro

19) Piscina num dia de calor

20) Sanduíches