sábado, 25 de abril de 2009

Diário da mamãe - Parte 6

Semana número 12: momento de um novo ultrassom. Se o primeiro foi marcante pela batida do coração, desta vez foram milhares de razões para chorar de alegria. Meu neném é um pequenino feto, já prontinho em seus seis centímetros. Tem boquinha, narizinho, bracinhos, perninhas, dedinhos, estômago... e como se mexe! Agora tem muito espaço no meu útero, então, o neném se mexe freneticamente.
E a notícia mais emocionante: o médica apostou alto que é uma menina. Ok, eu acho que tá mais pra chute do que uma afirmação científica. Tem um monte de menina que vira menino no decorrer da gravidez... Mas já é suficiente para eu começar a visualizar nos meus sonhos a carinha do meu, ops, da minha neném.

domingo, 19 de abril de 2009

O cara é o Rei

Só entendi o valor do Roberto Carlos com 18 anos, quando estava a 800 km de distância da minha mãe. Ouvi incessantemente suas músicas desde meu nascimento. Em 1997, então, quando minha mãe fez 40 anos e o danado "fez uma canção para ela", só dava o Rei na vitrola de casa. A dona Vera é apaixonada pelo cara desde a infância...
Mas não há como negar, o cara é especial. Ele possui um carisma que atrai multidões. É claro que entre os intelectuais normalmente o Roberto não é bem visto, pois historicamente foi o símbolo de uma geração alienada, indiferente à repressão imposta pelo regime militar. Já fui assim. Hoje penso muito diferente. Se Chico Buarque e Caetano Veloso são fãs do Roberto, por que os intelectuais anônimos também não podem ser?
E, no fim das contas, hoje sou fã dos grandes populistas. Adoro o presidente Lula, adoro Silvio Santos, adoro a Madonna, adoro ver novelas, adoro música brega. Tenho que respeitar quem arrasta multidões, mesmo que isso me cause repulsa, às vezes (como o Calypso, por exemplo). Depois de anos de relação tumultuada com Roberto Carlos, posso dizer que hoje mais do que admiro. Curto o cara de verdade. E fico feliz que ele esteja comemorando 50 anos de carreira.
Abaixo, a música que mais gosto da dupla Roberto Carlos e Erasmo Carlos (a prova de que os dois conseguem ir além do romantismo):

TODOS ESTÃO SURDOS

Desde o começo do mundo
Que o homem sonha com a paz
Ela está dentro dele mesmo
Ele tem a paz e não sabe
É só fechar os olhos e olhar pra dentro de si mesmo
Tanta gente se esqueceu
Que a verdade não mudou
Quando a paz foi ensinada
Pouca gente escutou
Meu Amigo volte logo
Venha ensinar meu povo
O amor é importante
Vem dizer tudo de novo
Outro dia, um cabeludo falou:
"Não importam os motivos da guerra
A paz ainda é mais importante que eles."
Esta frase vive nos cabelos encaracolados
Das cucas maravilhosas
Mas se perdeu no labirinto
Dos pensamentos poluídos pela falta de amor.
Muita gente não ouviu porque não quis ouvir
Eles estão surdos!
Tanta gente se esqueceu
Que o amor só traz o bem
Que a covardia é surda
E só ouve o que convém
Mas meu Amigo volte logo
Vem olhar pelo meu povo
O amor é importante
Vem dizer tudo de novo
Um dia o ar se encheu de amor
E em todo o seu esplendor as vozes cantaram.
Seu canto ecoou pelos campos
Subiu as montanhas e chegou ao universo
E uma estrela brilhou mostrando o caminho
“Glória a Deus nas alturas
E paz na Terra aos homens de boa vontade”
Tanta gente se afastou
Do caminho que é de luz
Pouca gente se lembrou
Da mensagem que há na cruz
Meu Amigo volte logo
Venha ensinar meu povo
Que o amor é importante
Vem dizer tudo de novo

Todos amam o Youtube

Domingão. Você está sem grana até mesmo pra alugar um vídeo na locadora. Zapeia, zapeia, zapeia, e não aguenta mais ver pseudofamosos no Faustão, o mala do Neto dando pitaco num jogo da Band, ou os programas ecologicamente corretos da Rede Minas. O que fazer? Bom, se não está a fim de abrir um livro, a melhor pedida é correr pra Internet e passear pelo Youtube.
Eu sou daquelas que adoro uma palhaçada filmada. E adoro rever (várias e várias vezes) os clássicos: Jeremias, Ruth Lemos, Maísa, Silvio Santos... Tá certo que a minha internet é lenta, tenho que ter paciência para baixar cada vídeo. Mas normalmente vale a pena. Principalmente se foi feito pela turma do Sem Meias Palavras, um Aqui e Agora cômico de Caruaru. É incrível como os pernambucanos conseguem fazer um humor tosco que é, ao mesmo tempo, único.
Ah! E pra quem não conhece, recomendo o vídeo "Truco valendo o toba". Ri demais!

sábado, 18 de abril de 2009

Quer mudar pra onde?



Adoro BH. Aqui tenho ótimos amigos, aqui tenho acesso a diferentes culturas. Mas adoraria morar em outras cidades, mais tranquilas, ou mais bonitas, mais planas ou mais divertidas. Tenho uma listinha:

1) Joinville (SC): a cidade da foto. Impressionante o quanto essa cidade é deliciosa. Embora seja o maior município do estado, as casas não têm cercas elétricas, muros altos ou câmeras. O sossego reina. E a praia fica logo ali, há 50 minutos de carro. Ah! E sei que sobram empregos por lá para pessoas de baixa renda.

2) Curitiba (PR): ok, todo mundo diz que o curitibano é o bicho mais enjoado do Brasil. Mas deve ter alguém legal por lá, né? Eu fiquei impressionada como uma cidade ser tão linda, tão plana (dá pra andar a cidade toda de bike) e tão barata. Os aluguéis são muito mais baratos do que em BH e a comida, então, nem se fala. Fora que fica pertinho da Ilha do Mel, ou seja, do paraíso.

3) São Luiz (MA): paixão à primeira vista. Os maranhenses são maravilhosos e a diversidade é vivenciada o tempo todo nas ruas da ilha. À noite, se vê o pessoal nos botecos, curtindo shows gratuitos, dançando reggae juntinhos. Fiquei encantada! Ah! E dá pra tomar suco natural de cupuaçu o tempo todo, em todos os lugares.

4) Niterói (RJ): não conheço ainda. Mas sei que foi considerada a melhor cidade para se morar no ano passado e, além de tudo, fica ao lado do Rio de Janeiro. Dá pra curtir o finde na Lapa, ir no Maracanã, pegar uma praia em Ipanema...

5) Sorocaba (SP): a terceira maior cidade do interior de São Paulo, pertinho de onde nasci, Itapetininga. Ou seja, além de aproveitar uma cidade onde circula um volume enorme de dinheiro, ficaria pertinho dos familiares - a 50 minutos de São Paulo e 50 minutos da terra natal.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

"Divã"

Assim como a peça, o filme “Divã” deve arrastar multidões para as salas de cinema. Mas um público específico deve demonstrar uma empolgação maior ao ver na telona a atriz Lília Cabral vivenciando uma personagem criada por Martha Medeiros: as mulheres com mais de 40 anos de idade. Principalmente aquelas que estão passando, ou passaram, pelas mesma questões tratadas no filme: rotina do casamento, vida sexual, neuroses sobre beleza etc. Difícil é saber como o filme será recebido em meio aos jovens, já que o filme se sustenta na identificação entre espectador e protagonista.
Dirigido por José Alvarenga Jr. (responsável por diversos programas cômicos da TV Globo, como “Os Normais”, “A Diarista” e “Minha Nada Mole Vida”), o longa-metragem conta a história de Mercedes, uma mulher na casa dos 40 anos que decide procurar um psicanalista, mesmo sem ter um motivo aparente. Enquanto passa por um processo de autoconhecimento, ela vê sua vida se transformar completamente.
Um grande trunfo do filme é ao mesmo tempo seu grande problema: o texto. Isso porque ele é bastante divertido e revelador sobre uma mulher que revê uma vida certinha e programada, mas é evidente sua aplicabilidade para o teatro. Cinema é, antes da palavra, a arte da imagem em movimento. E em “Divã”, muitas cenas são apenas ilustrativas, panos de fundo para uma atriz que concentra em si tudo o que interessa na obra.
Fotografia, montagem e trilha sonora são alguns fatores do cinema que não se destacam de maneira alguma neste filme. Tudo gira em torno do texto e do talento incrível e inquestionável de Lília Cabral. É impressionante como ela consegue ser todas as brasileiras de 40 anos ao interpretar uma única personagem. José Mayer, Reynaldo Gianechinni e Cauã Reymond passam totalmente despercebidos por “Divã”. Os únicos momentos em que o espectador consegue tirar os olhos de Lília, é quando Alexandra Richter está em cena. Mas no fim das contas, também está em sua personagem as questões de uma mulher casada de meia idade.

domingo, 12 de abril de 2009

Ando um pouco saudosista ao escolher os discos que quero ouvir nos últimos dias. Tenho lembrado principalmente da Legião Urbana, que amava tanto em minha adolescência. Por consequência, acabo ouvindo as trilhas sonoras das minhas dores de cotovelo dos tempos de Coltec...
É engraçado lembrar o que me levava a sentir tristeza: o que faço para ser notada? As dores de cotovelo nunca deixaram de existir, mas ficaram um pouco mais sofisticadas na fase adulta. Inclusive, musicalmente. Mas será que as músicas que embalam minhas dores de cotovelo de hoje são tão emocionantes quanto as de Renato Russo? Duas em especial me acompanharam muito: "Sete Cidades", do "Quatro Estações", e "Os Barcos", do "Descobrimento do Brasil". Para quem não lembra:

"Já me acostumei com a tua voz Com teu rosto e teu olhar Me partiram em dois E procuro agora o que é minha metade Quando não estás aqui Sinto falta de mim mesmo E sinto falta do meu corpo junto ao teu"

"E há muito estou alheio e quem me entende Recebe o resto exato e tão pequeno É dor, se há, tentava, já não tento E ao transformar em dor o que é vaidade E ao ter amor, se este é só orgulho Eu faço da mentira, liberdade E de qualquer quintal, faço cidade E insisto que é virtude o que é entulho Baldio é o meu terreno e meu alarde Eu vejo você se apaixonando outra vez Eu fico com a saudade e você com outro alguém E você diz que tudo terminou Mas qualquer um pode ver Só terminou pra você"

E vocês, meus caros amigos? Quais músicas embalaram suas dores de cotovelo durante a adolescência?

Amor gigante


Desde o último dia 23, a Cinthya baladeira se aposentou de vez. Nasceu o Pedro e todo o tempo que tenho é dedicado a ficar pertinho do meu primeiro sobrinho (tomara que venham outros). Tudo é apaixonante: ver o bebê, ver a minha amada irmã curtindo a maternidade, ver a minha mãe enlouquecida de amor, estreando como avó. Não vejo a hora de ver o Pedro brincando com o meu neném, as duas crianças crescendo juntas e deixando as mães enlouquecidas...

Dança de salão inspiradora

A capa do caderno Plural do Hoje em Dia foi minha:


Anatomia de uma tendência
Cinthya OliveiraEspecial para o HOJE EM DIA
Hoje há na mídia uma overdose de informações e reportagens sobre a necessidade de se fazer exercícios físicos para a saúde do corpo e da mente. Como não é todo mundo que está disposto a enfrentar uma academia ou uma pista de caminhada, muitas pessoas preferem optar pela dança, especialmente a dança de salão, que ganha espaço e mistura-se a outros estilos praticados pelos coreógrafos.Isso é tão popular em Belo Horizonte que, na cidade, existem mais de 70 academias de dança, sendo que cerca de 20 são dedicadas à arte de se bailar a dois.Mas a popularização dessa arte na capital mineira ultrapassa os limites dos salões. Belo Horizonte é referência mundial quando o assunto é unir a dança de salão a elementos das artes cênicas contemporâneas. É aqui que existe a primeira companhia brasileira a aproximar a dança de salão da dança contemporânea: a Mimulus Cia. de Dança. E o seu sucesso é tão grande (com direito a apresentações em diversos países, como Argentina e Espanha), que o grupo tem gerado importantes frutos na cidade. Os principais deles são a Cênica Cia. de Dança e a Incomodança, ambas criadas por bailarinos que passaram pela Mimulus.O sucesso da companhia é inquestionável. Na última Campanha de Popularização do Teatro e Dança, o espetáculo “Dolores” recebeu 2.905 espectadores em duas únicas apresentações no Palácio das Artes. Para se ter uma ideia, a Cia do Palácio das Artes foi vista por 1.900 pessoas em três apresentações em um mesmo teatro.“De certa forma, a nossa linguagem básica, que é a dança de salão, faz com que possamos atingir os mais diferentes públicos. Mas não é só isso. Os espectadores gostam da maneira com que a Mimulus enxerga a dança. Concordei com uma pessoa que me falou que leva uma vida tão difícil e sofrida que, quando vai a um espetáculo de dança, não quer ver sofrimento. As pessoas querem ver coisas bonitas, prazerosas”, diz Jomar Mesquita, bailarino, coreógrafo e fundador da Mimulus.Ele diz que, quando a companhia foi criada, há 19 anos, não havia no Brasil – e provavelmente no mundo – um grupo de dança de salão que tivesse propostas diferentes e buscasse influência nas outras artes cênicas, como teatro, circo, dança clássica e dança contemporânea. “Existiam grupos de dança de salão muito tradicionais, que levavam para o palco os mesmos figurinos, as mesmas linguagens coreográficas de sempre. Eu achava aquilo muito repetitivo ”.
O bailarino faz questão de deixar claro que a Mimulus não é uma companhia de dança contemporânea que absorve a dança de salão, mas sim um grupo de dança de salão que incorpora elementos da contemporaneidade. “Essa mescla presente em nossos espetáculos não aconteceu de forma consciente, no início. Queríamos fazer algo diferente e estudamos teatro, circo e dança para a criação”, explica. Os bailarinos da companhia sempre fazem oficinas de teatro e de diferentes danças para melhorar a autonomia corporal e artística.Mas se a companhia é um sucesso, por que sua fórmula ainda não se espalhou pelo mundo todo? A questão está na formação dos profissionais. “É muito difícil encontrar bailarinos para a Mimulus. Para mim, não serve uma pessoa que tenha apenas uma ótima formação em dança de salão, ou uma ótima formação em dança contemporânea. Temos uma linguagem única”, afirma Jomar Mesquita. Para resolver este problema, foi criado dentro da Mimulus um grupo experimental amador, onde os bailarinos entram em contato com as características da companhia e ficam mais próximos de uma oportunidade profissional. Para que sua filosofia artística não fique presa apenas a uma companhia, Mesquita tem ministrado consultoria em diferentes cidades. Recentemente ele esteve em Cuiabá e Curitiba, e estará semana que vem em São Paulo. O bailarino é ainda o coreógrafo do novo espetáculo da Cia. do Palácio das Artes que terá música de Villa-Lobos e estreia no mês que vem. Dança de salão valoriza o cardápio da trupeO conceito inovador da Mimulus Cia. de Dança é certamente inspirador. Tanto que bailarinos que passaram pelo grupo desenvolveram seus próprios projetos e hoje veem seus trabalhos ganharem reconhecimento de público e crítica.A Cênica Cia. de Dança é o exemplo mais claro. O grupo foi criado há oito anos pelo bailarino, coreógrafo, diretor e produtor Carlos Franco, ex-integrante da Mimulus. Segundo ele, o objetivo da companhia é reunir as mais diversas formas das artes cênicas, como dança contemporânea e circo, mas sem perder o foco na dança de salão. O bailarino faz questão de deixar claro que a Mimulus não é uma companhia de dança contemporânea que absorve a dança de salão, mas sim um grupo de dança de salão que incorpora elementos da contemporaneidade. “Essa mescla presente em nossos espetáculos não aconteceu de forma consciente, no início. Queríamos fazer algo diferente e estudamos teatro, circo e dança para a criação”, explica. Os bailarinos da companhia sempre fazem oficinas de teatro e de diferentes danças para melhorar a autonomia corporal e artística.Mas se a companhia é um sucesso, por que sua fórmula ainda não se espalhou pelo mundo todo? A questão está na formação dos profissionais. “É muito difícil encontrar bailarinos para a Mimulus. Para mim, não serve uma pessoa que tenha apenas uma ótima formação em dança de salão, ou uma ótima formação em dança contemporânea. Temos uma linguagem única”, afirma Jomar Mesquita. Para resolver este problema, foi criado dentro da Mimulus um grupo experimental amador, onde os bailarinos entram em contato com as características da companhia e ficam mais próximos de uma oportunidade profissional. Para que sua filosofia artística não fique presa apenas a uma companhia, Mesquita tem ministrado consultoria em diferentes cidades. Recentemente ele esteve em Cuiabá e Curitiba, e estará semana que vem em São Paulo. O bailarino é ainda o coreógrafo do novo espetáculo da Cia. do Palácio das Artes que terá música de Villa-Lobos e estreia no mês que vem.

Dança de salão valoriza o cardápio da trupe

O conceito inovador da Mimulus Cia. de Dança é certamente inspirador. Tanto que bailarinos que passaram pelo grupo desenvolveram seus próprios projetos e hoje veem seus trabalhos ganharem reconhecimento de público e crítica.A Cênica Cia. de Dança é o exemplo mais claro. O grupo foi criado há oito anos pelo bailarino, coreógrafo, diretor e produtor Carlos Franco, ex-integrante da Mimulus. Segundo ele, o objetivo da companhia é reunir as mais diversas formas das artes cênicas, como dança contemporânea e circo, mas sem perder o foco na dança de salão.
Assim como Jomar Mesquita, Carlos Franco realiza seu trabalho pensando em um público que gosta de ir ao teatro para ver beleza e para relaxar e esquecer dos problemas do cotidiano. “Por isso, a dança de salão é tão aceita e tão popular. Primamos pela elegância, pelo bom gosto e, assim, o público nos recebe de forma emocionada”, conta o diretor da Cênica.Ele diz que a busca pela beleza ficou mais evidente no último espetáculo da companhia, “Acordedentro”, onde a dança se uniu à poesia de Carlos Drummond de Andrade e Adélia Prado. “O ser humano é puro sentimento e este assunto agrada sempre às pessoas”, considera ele. Paar o artista, é emocionante ver a reação do público, especialmente no interior. “Em Santos Dumont, por exemplo, vimos várias pessoas chorando copiosamente durante o espetáculo”, lembra Franco. Essa emoção também está relacionada à perfomance da bailarina Veridiana Thayde, que possui uma prótese na perna direita e mostra como a dança é possível a qualquer pessoa.Carlos Franco revela que acompanha as danças a dois em outras localidades, como Rio e São Paulo, e que tem percebido uma transformação nos espetáculos dessas cidades. “Vejo que o Jaime Arôxa e o Carlinhos de Jesus, que são os mais famosos coreógrafos de dança de salão, passaram a ficar mais preocupados em incorporar nas suas apresentações os elementos importantes para se levar a dança para o palco. Assim, estão investindo mais em cenografia, iluminação e roteiro”, conta. O que os grandes coreógrafos do Rio têm feito agora, já é realidade em Belo Horizonte graças a uma companhia que aos poucos ganha espaço no cenário da dança. Trata-se da Incomodança, criada em 2000 por Mauro Fernandes, bailarino e coreógrafo que atuou na Mimulus por cinco anos. Aqui, não há a interferência da dança contemporânea, o espetáculo é baseado estritamente na dança a dois. Seu diferencial está em não apenas levar para o palco uma dança que chama atenção no ambiente do salão, e sim em realizar a apresentação a partir de um conceito, de um roteiro, levando em conta todos os detalhes da caixa cênica.“Não se pode subir no palco e fazer apenas uma mostra de dança. O espetáculo tem que ter conceito, lógica, começo, meio e fim”, explica Mauro Fernandes, adiantando que o próximo espetáculo da companhia será construído a partir de reflexões sobre os limites da dança a dois. A Incomodança esteve este ano pela primeira vez na Campanha de Popularização do Teatro e da Dança com o espetáculo “Optempo”, visto por 1372 pessoas. “Ficamos impressionados com o número de espectadores e como as pessoas se emocionaram com nosso trabalho”, alegra-se o diretor da Incomodança.
Tanto a Cênica quanto a Incomodança não possuem patrocínio. Assim, a existência das duas companhias se deve unicamente ao amor à dança. “Fazemos bailes para arrecadar dinheiro, temos que encontrar soluções para nos manter. Se não fosse o grande retorno sentimental dado pelo público, a Cênica não existiria. Apesar da dificuldade, vale a pena”, afirma Carlos Franco.Mauro Fernandes diz que fica impressionado ao ver que os bailarinos da Incomodança se dispõem a participar de ensaios diários, sem receber salários no fim do mês. “Nós quase fechamos a companhia. Mas os nossos bailarinos não se deixam abater”.Pelo menos as escolas de dança de salão da Cênica e da Incomodança não têm o mesmo problema. Pelo contrário, ambas são bastante procuradas durante todo o ano.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

História meio torta

Muitas pessoas me perguntam quem é o Rafa, a pessoa com quem compartilharei o momento mais intenso da minha vida. Sempre explico mais ou menos a nossa história. Vou explicar melhor aqui, caso alguém tenha curiosidade. A gente se conheceu no final de 2006, no show do Deep Purple. Ele estava assistindo ao show sentado, com a perna quebrada, e a Carol, entediada, preferiu ficar ao lado do amigo em vez de ficar pulando igual doida comigo e com a a Fer. A atração física foi recíproca na hora, mas ambos namorávamos, então ficou por isso mesmo. Nos encontramos algumas vezes ao longo dos meses no Malaghetas. Em julho de 2007, acabou meu namoro com o Guilherme. Fui a Buenos Aires esquecer dos problemas e, assim que voltei, a Carol me falou: "você precisa beijar na boca. Vou te apresentar a alguns amigos. Que tal se você ficar com o Rafa?". Nem hesitei em dizer que ficaria com ele. Nas semanas seguintes, nos paqueramos bastante, com direito a incentivo do meu amigo austríaco. Os primeiros beijos só aconteceriam no Fundo do Baú, em pleno show do Putz Grila. Pessoas vieram me dizer o quanto ele havia ficado mexido comigo, e certamente foram dizer a ele o mesmo sobre mim. E não era papo furado, eu tinha ficado mexida mesmo. Ficamos direto por quase dois meses, com direito a histórias engraçadas - houve um dia em que a família dele toda apareceu do nada no Malaghetas para me ver e uma noite no Lord em que exagerei na tequila e passei muito mal em seu apartamento. Mas eu sabia por quem estava me apaixonando. Sabia que era uma pessoa com os mesmos defeitos do Guilherme. Além disso, sabia que ele continuava se encontrando com a ex. Estava disposta a levar pra frente um relacionamento que certamente fritaria minha mente? Achei que era melhor terminar aquilo antes que sofresse. Liguei pra ele numa tarde de domingo e disse: "do jeito que está não está bom. Acho melhor a gente não ficar direto mais." O Rafa entendeu que eu estava pressionando para um namoro. Era o contrário. A possibilidade de um namoro complicado me apavorava naquele momento. As feridas do término com o Guilherme não haviam cicatrizado. Na semana seguinte, nós já ficamos de novo. E assim foi por muitas vezes. Não acontecia sempre quando saíamos, mas era um caso frequente. Muitas pessoas me aconselhavam a ficar longe, mas quem disse que eu conseguia? Era uma situação estranha. Eu gostava de vê-lo como um amigo com quem adorava fazer sexo de vez em quando e esperava que fosse esse o sentimento do outro lado. Mas não era simples. Vivíamos em meio a "DRs" no meio das baladas, na frente de todo mundo. Não sei como essas discussões começavam, mas elas eram longas. E sempre havia ciúme dos dois lados, que não podia ser declarado. Em um ano, fomos juntos ao Mineirão, ao Deputamadre no meio da madrugada, a raves e, principalmente, ao Lord. O fim dessa história bagunçada aconteceu quando fiquei com um amigo próximo dele. Na semana seguinte, veio a DR. Eu devia ter falado algo "você não tem nada a ver com a minha vida", mas só soube dizer "desculpa, sei que errei". Neste dia, confessei meus sentimentos. Na semana seguinte, foi a vez de eu apelar por causa de ciúmes. Cheguei a conclusão de que, para aquela amizade seguir em frente, deveria haver alguma regra. Quis conversar pessoalmente com sobre o assunto, mas ele se esquivou. Então, pelo msn mesmo, disse que ia manter a distância. E assim fizemos. Em cinco meses, nos encontramos pouco, conversamos pouco. Aí, numa noite em janeiro, o pessoal combinou de ir a UP prestigiar o amigo. Já havia falado que não ia porque não tinha dinheiro. O Rafa disse que fazia questão, que pagava minha conta. E eu estava vivendo a filosofia de não negar nada dos amigos. Lá, as cantadas de antigamente ressurgiram. Fiquei sem saber o que fazer... Tinha cinco meses que eu não sabia o que era um beijo gostoso de verdade. Cantada aqui, cantada ali, cedi. Acabamos na casa dele, ouvindo Elvis como sempre. Acredito que foi ali que aconteceu a concepção do neném que carrego. Ainda ficamos mais uma vez duas semanas depois, no Studio Bar. As primeiras tonturas apontaram três dias depois.

domingo, 5 de abril de 2009

Adoro F1

"Jenson Button vence GP da Malásia, interrompido na metade pela chuva"

Ah!... Como é bom ver a Fórmula 1 ainda cheia de surpresas... Deu vontade de mostrar o quanto gosto de ver os carrinhos correndo a 300 km por hora...

Lembro-me de, quando o Schummacher largou a competição: eu estava nos Lençóis Maranhenses, mas preferi ver a declaração do piloto ultramegafoda em vez de subir mais algumas montanhas de areia. Eu estava vendo a história acontecer ao vivo.
É assim toda vez que assisto a uma corrida. Sinto-me vendo a história acontecer. a possibilidade de um grande acontecimento é constante nesse esporte que aprendi a gostar novinha, fazendo companhia para o meu pai nas manhãs de domingo. Há 15 anos, preferi deixar de passear com a minha mãe e a minha irmã pela feira hippie para ver a primeira vitória do ano do ídolo maior. Não imaginava que veria a morte de Ayrton Senna ser exibida ao vivo e gerar aquela comoção que marcou os anos 90.
Muitos disseram que a Fórmula 1 não teria mais a mesma graça. Admito que houve um momento chato, com o reinado absoluto do Schummi. Mas isso foi por umas três temporadas. Depois veio o Fernando Alonso para desbancar o poderoso alemão. Nossa! Como eu torci para esse espanhol mala-sem-alça... Ele trazia de volta às pistas a verdadeira competição.
Mas depois da aposentadoria do Schummi, a Fórmula 1 não apenas voltaria a ser emocionante. A partir da temporada de 2007, a competição se tornou surpreendente como nunca. A briga deixou de acontecer entre duas equipes ou dois pilotos. O favoritismo foi puverizado, deixando fãs da categoria, como eu, sem fôlego. A maior prova do que estou dizendo foi o final emocionante do ano passado. Como pôde um campeonato ser decidido na última curva de Interlagos? Ai, coitada de mim que não estava lá...
Lembro-me de quando meu ex-namorado Rick foi assistir a uma corrida em Interlagos. Não bastava a inveja feita dias antes, ele me ligou do autódromo e gritou ao telefone: "ouve isso!" O barulho dos carros passando era insurdecedor. "Filho da mãe!" foi a resposta imediata... Não me lembro o ano em que isso aconteceu, mas me lembro da corrida: o Barrichello tinha feito uma ultrapassagem e liderado a prova, mas seu carro quebrou. A vitória, se bem me lembro, ficou com o danado do alemão.
Vai demorar muito para eu realizar o sonho de ir a Interlagos, trata-se de uma aventura bem cara. Mas viverei muito e sempre haverá um brasileiro na pista para eu preparar uma torcida calorosa. Assim, é melhor eu preparar um projeto como Interlagos 2015, por exemplo...

Ah! Não assisti nenhuma das duas corridas desta temporada - não tô podendo ter essas "aventuras" na madrugada. Mas estou megafeliz com o resultado da Brawn. Não apenas pelo Rubinho, mas também pelo Button, que sempre considerei um excelente piloto (além de um gatíssimo). Nunca podia imaginar que uma escuderia estreante pudesse surpreender tanto, justamente quando todo mundo imaginava que ela estaria nas últimas filas...

Diário da Mamãe - Parte 5

Nossa! Esta semana foi tão maluca que nem deu para postar nada no blog. Conciliar trabalho, faculdade e bajulação do sobrinho faze com ue o tempo frente ao computador fique superreduzido.
Bom amanhã entro na décima semana de gravidez. Vejam o que diz o site bebe.com.br:

Ele acaba de entrar no período fetal. Seu futuro bebê já tem a aparência humana e a maioria de seus órgãos vitais está funcionando. Rins, fígado, pulmões, intestino e cérebro estão ativos, embora continuem em pleno desenvolvimento. Sabe quanto ele pesa? Apenas 5 gramas. Mas esse peso vai aumentar bastante nas próximas semanas.

Se ele é tão pequeno, por que minha barriga já deu uma boa crescida? Acho que só vou parar de encucar com a barriga quando voltar à médica.