sexta-feira, 2 de outubro de 2009

As Olimpíadas e o presidente Lula

Acabo de passar por um momento catártico com a vitória do Rio de Janeiro, na disputa pelas Olimpíadas em 2016. Foi um momento de felicidade por ser uma apaixonada por esportes, por ser patriota e por ser lulista. E é sobre isso que tive vontade de escrever agora.
Não escondo de ninguém o quanto gosto do presidente da República. Faço parte da massa que separa a figura do Lula da escória do PT/PMDB. Entre as várias qualidades que posso elencar do governo que está aí desde 2003, para mim a mais clara é o trabalho fervoroso e bem-sucedido para destacar o Brasil como um líder mundial. Ao lado do brilhante Celso Amorim, Lula se tornou um presidente reconhecido no mundo inteiro, por seu passado de conquistas e por buscar a realização de um governo social-democrata, sem deixar de lado os compromissos com o universo liberal.
Diferente de FHC, que ia pra Europa mostrar sua eloquência no inglês e no francês, Lula foi buscar aliados entre os países árabes, africanos e asiáticos, sempre mostrando-se soberano, ou seja, sempre colocando sua língua em primeiro lugar. O Brasil passou requerer o título de líder da América Latina e dos BRICS, passou a brigar por uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, passou a emprestar dinheiro, foi ao Haiti, se meteu na história de Honduras. A questão é: se temos a 10a economia do mundo, por que não agimos como uma potência?
Para que o Rio fosse vitorioso hoje, outra contribuição foi a aliança política entre o governo federal e os governos estadual e municipal. Depois que os cariocas e fluminenses finalmente pararam de votar em malucos e reacionários (quem merece Cesar Maia e Garotinho?) e colocaram figuras mais razoáveis no poder, a conversa política ficou bem mais fácil. A articulação entre Sérgio Cabral e Eduardo Paes foi fundamental para a vitória. Tomara que isso permaneça - não quer dizer necessariamente que o PMDB permaneça.
E o mundo se deparou com uma outra característica do Lula que a maioria dos brasileiros tanto ama: o homem sabe discursar como ninguém. Não me canso de ficar emocionada com ele. Claro que ele sempre está metido em gafes, porque fala demais, mas isso não tira do presidente a sua enorme capacidade de causar emoção em compatriotas e estrangeiros. Seu discurso de hoje foi apontado como auge da conferência em Copenhague.
Certamente somos um país muito mais bem preparado para conversar de igual para igual com os países mais ricos do mundo. Temos problemas seríssimos de desigualdade social e corrupção, mas temos uma economia cada vez mais sólida e somos reconhecidos por políticos e investidores de todo o mundo.
Infelizmente, o governo Lula tem investido muito pouco na área que realmente faria diferença na resolução dos nossos problemas: educação. Se a Dilma Roussef ganhar, tomara que o PT aprenda e resolva investir finalmente no que poderá realmente fazer diferença. Já se Serra ganhar, aí não haverá esperança, afinal, quem conhece bem as políticas públicas aplicadas em educação entre os anos de 1995 e 2002 sabem muito bem a péssima herança deixada por Paulo Renato.

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