quarta-feira, 31 de março de 2010

Brasil premia a homofobia

Este ano, tomei a decisão de não assistir ao Big Brother Brasil, porque fico muito envolvida sempre que acompanho o programa e a partir de agora tenho que otmizar melhor o meu tempo livre - que começas às 20h, quando Catarina cai no sono. Mesmo assim, não pude deixar de acompanhar a décima edição à distância. Não torci por ninguém, apenas torci contra o lutador Marcelo Dourado, um homófico declaradíssimo. É, mas obviamente a minha torcida não muda nada em relação à condução do programa que há quaee uma decada é sucesso incontestável. O tal fortão machão ganhou R$1,5 milhão.
Não fico triste ao pensar que uma pessoa mais legal poderia ter levado essa bolada para casa. Fico arrasada ao ver que na edição em que Boninho colocou três gays assumidos e um rapaz que pode sair do armário a qualquer momento, as pessoas preferiram premiar um homem que afirmou desejar bater em uma mulher e que só gays pegam Aids.
Por meio de um programa de televisão, o Brasil se revelou homofóbico. O país mostrou que não quer ver transformistas, emos e lésbicas na telinha, mas fortões que não levam desaforo para casa. Fomos além das piadinhas de futebol - como as feitas com o Richarlysson e com a camisa rosa do Galo - e decidimos premiar com dinheiro a postura homofóbica. Nada contra as piadinhas, porque nada mais chato do que gente politicamente correta demais. Mas dar um prêmio milionário a um homem que não esconde o seu desdém em relação aos gays él algo que me entristece. E muito.

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