sábado, 28 de março de 2009

Diário da mamãe - Parte 3

Que semana... Desde sábado passado, acompanho de perto todas as dificuldades de se colocar uma criança no mundo.
Há uma semana, começaram as contrações da minha irmã. Mas não era a hora certa, ele foi pra casa da minha mãe esperar pelas contrações mais fortes. Somente na segunda-feira, depois de duas noites sem dormir, as contrações ficaram "boas" e a Thais foi internada na maternidade Santa Fé. Mas nada de dilatação... Dor intensa, tentativa de romper a bolsa, anestesia, soro... As horas se passavam, as tensões aumentavam e nada de dilatação. Deu 18h, e os batimentos cardíacos do bebê caíram. Não havia mais o que fazer, o parto normal não aconteceria; era a hora de uma cesária de emergência.
Quanta tensão, meu Deus. Ficamos eu e minha mãe desesperadas no corredor da maternidade, sem saber o que poderia acontecer. Estava tão nervosa, que nem rezar era possível. Mas, enfim, vimos o meu sobrinho na encubadora, 3kg, aparentando uns 50cm, todo calmo, mas com cara de assustado. Aos pouquinhos, fomos sabendo o que tinha acontecido, mas me angustiava imaginar ue o estresse fetal sofrido pelo Pedro poderia causar alguma sequela.
Na primeira noite, nem a Thais sabia direito o que estava acontecendo. Ela achava que iria amamentar naquela noite, mas tivemos que dizer que o bebê só seria levado ao quarto no outro dia.
No fim das contas, o Pedro ficou em obervação por um tempo e recebeu alta na quinta-feira. Não teve sequela alguma e está se mostrando um menino superesperto. Mas ainda me assusta outras dores sofridas pela Thais. Ela teve todas as dores do pato normal, mas teve de fazer uma cesária. Assim, está penando com o terrível pós-operatório. Também provoca uma dor intensa o ato de amamentar. Só de olhar as caretas que a minha irmã faz ao dar o peito, já prevejo as dores que sentirei daqui a sete meses. A diferença é que a Thais é a mulher mais forte que eu conheço, enquanto eu mal suporto ver uma agulha sendo enfiada em meu braço...

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